Fui ativista estudantil (1967/68). Militante clandestino (1969/70). Preso político (1970/71). Tenho travado o bom combate, lutando por um Brasil mais justo, defendendo os direitos humanos, combatendo o autoritarismo.

Sou jornalista desde 1972. Crítico de música e de cinema. Cronista. Poeta. Escritor. Blogueiro.

Tentei e não consegui eleger-me vereador em São Paulo. Mas, orgulho-me de ter feito uma campanha fiel aos objetivos nortearam toda a minha vida adulta: a construção de uma sociedade igualitária e livre, tendo como prioridades máximas o bem comum e a felicidade dos seres humanos.

Em que a exploração do homem pelo homem seja substituída pela cooperação solidária do homem com os outros homens. Em que sejam finalmente concretizados os ideais mais generosos e nobres que a humanidade vem acalentando através dos tempos: justiça social e liberdade.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

AS PEDRAS VOLTAM A ROLAR

É com imensa emoção que vejo as pedras recomeçando a rolar. 

Muitos não perceberam, mas, em tudo e por tudo, o momento atual lembra 1968. 

Foi o ano que praticamente definiu minha vida: ao longo dele, passei de jovem indignado a revolucionário convicto, que jamais deixaria de ser.

Depois da luta armada, do calvário nos cárceres da ditadura, das comunidades alternativas em que tentamos por uns tempos perpetuar o sonho já banido das ruas, só nos restou --a mim e aos melhores da minha geração-- reassumir a insossa luta pela sobrevivência e ficar à espera da nova primavera que, sabíamos, um dia viria. Pois os seres humanos não conseguem viver eternamente sem esperança, compaixão e solidariedade.

E, como costuma acontecer nos processos revolucionários, a retomada começa no ponto mais alto atingido pela última maré revolucionária, mesmo havendo entre ambas um hiato de 45 anos.

Com a diferença que o mundo hoje está muito mais amadurecido para as grandes transformações, que tendem, inclusive, a representar a diferença entre a sobrevivência e a extinção da humanidade; cada vez mais se evidencia que, só unidos e priorizando o bem comum conseguiremos nos safar da grave crise econômica e das gravíssimas consequências dos desequilíbrios ecológicos, que desabarão sobre nós nas próximas décadas.

A juventude está despertando na hora certa! 

E nós, aqueles que nunca dissemos que a canção estava perdida, sobrevivemos fisica e moralmente para, ao lado dela, tentarmos outra vez.

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